A tem ganhado mais espaço no Brasil nos últimos anos e hoje já alcançou a 7ª posição na matriz energética nacional, ultrapassando a nuclear. Sua presença é vista em grande quantidade em pelo menos três estados brasileiros e ao menos em quatro capitais. A previsão é que até 2030, os sistemas fotovoltaicos atinjam 2,7 milhões de unidades consumidoras, diminuindo a geração de energia mais cara e poluente.
No começo do segundo semestre de 2019, o Brasil ultrapassou a marca de 1 gigawatt de potência instalada em micro e minigeração distribuída de energia elétrica. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a fonte principal de geração de energia pelo consumidor é a fotovoltaica. “A expressiva marca de 1GW da Geração Distribuída no Brasil é fruto do nosso grande potencial para exploração de fontes renováveis e também da confiança do marco regulatório. Temos convicção que o crescimento será mais robusto nos próximos anos”, aponta o diretor da Aneel, Rodrigo Limp.
Na última semana, o Ministério da Educação (MEC) liberou R$60 milhões para a compra e instalação de 852 usinas fotovoltaicas em 38 institutos federais, dois centros de educação tecnológica e no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. O objetivo é gerar mais economia de energia, já que só em 2018, as instituições federais gastaram R$168 milhões em energia elétrica.
Em nota, o MEC anunciou que esta medida prevê uma economia considerável e que esta será revertido para o ensino, pesquisa e extensão. “A previsão é que sejam poupados até R$17,7 milhões por ano e cada placa deve ser usada por pelo menos 25 anos”, aponta. A expectativa é que cada placa solar gere, em média, 30,3 kWh/ano de energia, o que corresponde a uma redução de R$20,8 mil nas contas de luz de cada instituição.
Porém, mesmo com tanto investimento e expectativa de crescimento, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) considera que as mudanças na resolução da geração distribuída no Brasil para 2020, propostas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ainda são prematuras. Isso porque a geração distribuída solar ainda é muito pequena (163 mil) se comparada ao número de unidades consumidoras atendidas pelas distribuidoras de energia elétrica (84,4 milhões).
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A Califórnia, nos EUA, que é uma das referências mundiais nas regulamentações do setor só começou a formatar um processo de atualização de suas regras quando atingiu a marca de 5% de participação da geração distribuída solar fotovoltaica no atendimento de demanda elétrica de suas distribuidoras. Em comparação, a Aneel está estabelecendo regras quando a participação brasileira ainda é de incipientes 0,2% de participação e com pagamentos na rede de consumidores com geração distribuída que variam entre 34% e 60%.