No Brasil, as tarifas de energia elétrica geralmente causam estresse nos consumidores. Somos completamente dependentes da eletricidade em nosso dia a dia, e os aumentos gradativos nas faturas acabam fazendo com que muitos tenham que economizar injustamente no consumo para não ultrapassar seu orçamento.
Infelizmente, as expectativas para 2018 não são otimistas, e o ano deve começar com mais aumentos. Mas o que exatamente pesa tanto no bolso do consumidor? O que torna esse serviço tão caro para nós, que somos obrigados a arcar com custos tão altos?
Basicamente, as contas de luz são divididas em quatro partes que representam porcentagens e custos diferentes. São elas: o custo da energia (que envolve sua geração), medido por kWh; transmissão, que é o transporte da energia; a distribuição, que leva a energia até a unidade do consumidor; e os encargos setoriais, que incluem os tributos.
Os valores são definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica, que aplica reajustes anuais de forma a reaver se os valores repassados estão sendo suficientes. A cada quatro anos, a Aneel realiza a Revisão Tarifária, onde reavalia os cálculos das tarifas.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, afirma que a parte mais significativa dos custos da tarifa tem a ver com os encargos e tributos. Considerando toda a cadeia da energia elétrica, tudo que envolve sua geração, transmissão e distribuição, “a carga tributária do setor chega a 50%”, diz Rufino.
Dentro dos vários encargos, um deles se destaca, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Ela serve principalmente para subsidiar tarifas de baixa-renda e os geradores de região isolada, que geralmente são mais caros que o normal.
Para se ter uma ideia do custo da CDE, é possível citar o Estado de Roraima. Lá, para gerar 1 MWh de energia são necessários cerca de R$1.700. Isso por que quase toda a geração de energia no Estado acontece com uso do Diesel, que alimenta geradores. Com a energia solar, por exemplo, esse mesmo tanto de energia pode ser gerado custando cerca de R$300.
As projeções para 2018 mostram que a CDE deve custar, em média, R$17,9 bilhões para todos os consumidores brasileiros, sem exceção. Isso significará um aumento médio de 2,15% nas tarifas de energia individuais.
Vale lembrar que todos esses encargos, incluindo a CDE, são reflexos de má administração dos sistemas energéticos, má projeção do crescimento do consumo – o que elevou custos para atender a demanda – e a crescente inflação, que afetou diversos setores da produção.
Não apenas os encargos afetam de forma pesada as tarifas de energia atualmente. O custo da geração é, atualmente, extremamente alto para boa parte das hidrelétricas. Isso porque o reservatório dessas usinas se encontra muito baixo por causa das secas.
A falta de chuva deixou os reservatórios nos níveis mais baixos desde 2001, quando o país precisou racionar sua energia. A bandeira vermelha (que pode aplicar na fatura até R$5,00 a cada 100 kWh consumido) será uma realidade em vários meses de 2018 para dar conta dessa realidade.
Com a capacidade das hidrelétricas em baixa, as termoelétricas precisam atender a demanda da população. Essas usinas, além de serem mais poluentes, são mais caras.
Reservatório baixo da usina hidrelétrica de Maribondo (SP/MG) mostra o efeito do tempo seco. Imagem: reprodução / UOL.
Todos esses fatores contribuem para o aumento no custo da geração de energia, uma conta extra que, claro, sobra para os consumidores.
Por mais que os grandes culpados nesse caso aparentemente sejam o tempo seco e a falta de chuvas, o problema é a grande dependência do setor energético brasileiro das usinas hidrelétricas.
Se investimentos em geração de energia limpa, renovável e mais barata, como a energia solar, tivessem sido realizados de forma massiva há algum tempo, o preço pago pela falta de capacidade das hidrelétricas não seria tão caro quanto está sendo agora.
Além dos encargos e tributos e o clima desfavorável para as hidrelétricas, outro fator que aumentará os números da fatura de energia é a indenização das transmissoras de energia.
No decorrer de oito anos, cerca de R$62,2 bilhões de reais devem ser pagos às transmissoras, tudo partindo do bolso de consumidor.
Esse valor representa uma gratificação concedida às empresas que renovaram suas concessões antecipadamente, e garante à elas um incentivo para continuarem com suas operações no país.
Anualmente, o impacto dessas indenizações representa cerca de 7,2% do valor imposto nas tarifas de energia. Esse mesmo desconto deve valer para 2018.
Os custos com a energia elétrica têm feito com que muitos consumidores reduzissem seu consumo de forma drástica, prejudicando seu dia a dia. Empresas também são prejudicadas com as faturas altíssimas, que prejudicam seu crescimento.
Esse cenário tem feito com que cada vez mais brasileiros procurem produzir sua própria energia, de forma a baratear seus custos. Não à toa, a energia solar cresceu mais de 300% no último ano, aliviando muito os gastos para aqueles que investiram no sistema.
Isso porque os painéis fotovoltaicos podem ser responsáveis por uma economia de até 95% nas tarifas de energia, fazendo com que eles não tenham mais de se preocupar com os fortes aumentos.
Para quem investe em energia solar, quanto mais a energia tradicional (vinda das concessionárias) aumenta seu custo por kWh, mais os investimentos valem a pena, já que quem não gera sua própria energia não consegue “escapar” desses aumentos.
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Com informações de Correio Braziliense, Campo Grande.