Em agosto, o Brasil alcançou um marco importante na geração de energia solar fotovoltaica completando seu primeiro gigawatts (GW) de capacidade instalada para o sistema fotovoltaico de geração distribuída. Em sua grande maioria, essa geração é feita na implantação de telhados, fachadas e pequenos terrenos, comprovando os dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que apontam um investimento maior vindo do pequeno consumidor – as residências englobam 36% e os comércios e serviços, 40%.
Um dos motivos associados a esse crescimento, segundo o presidente da Absolar, Rodrigo Lopes Sauaia, é a redução do custo de instalação das placas fotovoltaicas. “Há 50 anos, um único watt instalado custava US$76. Hoje isso custa menos de US$0,30”, aponta. Atualmente, o Brasil está na 11º posição mundial dos países que mais investiram em energia solar fotovoltaica no ano passado, alcançando 2,4 GW de capacidade instalada acumulada.
Mesmo com todo o investimento feito, o Brasil ainda tem condições de explorar ainda mais as vantagens e capacidade de geração de energia fotovoltaica. As estimativas apontam que até o fim de 2019 o país deve chegar a 3,023 GW de potência gerada por meio de módulos fotovoltaicos, porém isso representa apenas 1,2% de toda a matriz energética nacional.
Nos últimos fóruns e discussões feitas na Câmara dos Deputados, o assunto foi abordado com bastante ênfase e algumas medidas já foram tomadas, como a criação da Política Nacional de Energia Fotovoltaica. Porém Sauaia ressalta que muito mais precisa ser feito pelo governo para que outros setores do mercado também comecem a investir e produzir sua própria energia. “A legislação nacional precisa trazer mais segurança jurídica para quem consome, investe ou produz energia solar no país, além de definir metas mais ambiciosas para a geração fotovoltaica brasileira”, completa.
De acordo com apontamentos feitos pela Absolar, é importante definir metas mais ousadas para o melhor aproveitamento do que é produzido em energia fotovoltaica no Brasil. Uma das sugestões é que até 2030 haja uma incorporação de 30 GW de energia solar à matriz energética do país. Hoje, a previsão é de apenas 13 GW até 2027.
Caso haja os investimentos e ajustes na legislação que fomentem o setor, essa meta poderia gerar aproximadamente 300 mil empregos e atrair R$30 bilhões no período. A principal vantagem para este investimento diz respeito à sustentabilidade, visto que a matriz fotovoltaica não utiliza água, não produz gases do efeito estufa e não gera resíduos que causam algum tipo de impacto ambiental. É uma energia limpa e que pode ser explorada em abundância no país, já que temos uma incidência solar muito superior à de outros países.
Para alcançar bons resultados, no entanto, é importante que a execução da geração distribuída seja feita com cuidado. Só assim é possível garantir eficiência econômica para o consumir, pois é importante que desde a concepção do projeto sejam avaliados a viabilidade de instalação, a taxa de retorno para o cliente, instalação correta e até mesmo a aprovação da concessionária de energia para troca do medidor.
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